Quando chega a hora de repor uma ferramenta que desgastou ou quebrou, a reação normal é de pedir outra vez "a mesma coisa". Será que é a reação mais adequada?

Nem sempre - veja um exemplo:

Um cliente telefona:

"Preciso de um alicate de corte lateral, forte e de lâmina comprida."

- "O que o alicate vai cortar ?"

- "Fios de cobre, bitolas 16 a 26 AWG no preparo de chicotes. A lâmina deve ser comprida para poder cortar vários fios de uma só vez. Os cabos devem ser longos para exigir pouco esforço durante o corte, pois quem faz esse trabalho são moças."

- "Já tentou usar tesouras ?"

"Já, mas uma tesoura é muito fraca para esse serviço."

- "Nos temos uma ferramenta ideal para esse serviço e essa ferramenta é uma tesoura ! Posso levá-la para fazer um teste ?"

Quando nosso promotor chegou no setor de chicotes do cliente, foi logo rodeado por moças de mãos calejadas ou enfaixadas curiosas em saber, o que haveria de bom para elas.

Ao perceber que o objeto de teste seria uma tesoura, sorriram:

"Essa tesourinha para esse serviço ?"

Chegou o responsável pelo setor, que não deu risada, mas disse:

"Não sei não."

Nosso promotor pegou 6 fios, bitola 18 AWG e cortou todos, de maneira limpa, num único aperto da tesoura.

Depois cortou 10 fios de uma só vez.

Uma moça disse:

"Me deixe experimentar".

Ela cortou os 10 fios num instante, sorriu e disse:

- "Como foi fácil, nem precisei fazer força!

" Deu a tesoura a uma colega:

"Experimente você !"

E agora a promoção do produto era por conta das próprias operadoras.

Assim, em vez de um 'alicate de corte lateral, forte de lâmina longa' vendemos uma 'tesourinha' e obviamente não foi uma !

As moças perguntaram:

"Quando vão mandar as tesouras ? Chega de calos e bolhas !"

Porque será que nossa sugestão foi aceita com tanta facilidade ?

Foi aceita porque quem atendeu o telefonema do cliente se preocupou em oferecer algo melhor ao cliente e porque sabia qual as vantagens e desvantagens das duas ferramentas.

Um alicate de corte lateral corta por "esmagamento", pois os gumes de corte se encontram, topo a topo, entrando no material até que o fio (ou arame) se rompa.

Uma tesoura "cisalha" o fio (ou arame) os gumes "deslizam" um pelo outro, separando o material progressivamente .

FALE CONOSCO ANTES DE DIZER "A MESMA FERRAMENTA DE SEMPRE"!